(Adolfo Luxúria Canibal/ Hélder Gonçalves)
A garganta seca Pelo fumo acre Sou Salomé no nó dos calores Qual fatal boneca Revestida a lacre Sou Salomé fábrica de amores Passo com ar bombástico Digo maviosamente: – Levo o paraíso em mim! Levo o paraíso!...
Os olhares pousam Sobre o meu corpete No salivar glutão do desejo Mas as mãos não ousam Tão voraz joguete Sou Salomé ébria de ensejo Passo, passo com ar bombástico E digo maviosamente: – Tenho o paraíso em mim! Tenho o paraíso em mim! Levo o paraíso! Levo o paraíso em mim! Secreto jardim A um passo de ti Dourado e carmim A um passo de ti Tenho o paraíso em mim! Tenho o paraíso em mim! Levo o paraíso! Tenho o paraíso em mim! Levo o paraíso! Levo o paraíso em mim! Em mim… A mim!
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