14. MORA

(Hélder Gonçalves)

 

ORA MORA FORA, ORA FORA MORA,
ORA MORA LONGE, MORA LONGE DAQUI !

 

Parto em viagem, busco nova imagem,
solto, solto nos lugares que a vida escolhe,
de passagem e momento, momentos de passagem,
em cidades de vento, sem documento
tento encontrar nessa névoa, espessa, fria,
uma rua numa cara, uma voz que perdi
à procura deste mundo, não espero 1 segundo,
até partir e ter um novo rumo, longe daqui...

 

ORA MORA FORA, ORA FORA MORA,
ORA MORA LONGE, MORA LONGE DAQUI !

 

MORA LONGE
MORA LONGE DAQUI...

 

Liberto,de velhas histórias
um sorriso na memória,
das loucas viagens sem fim, sem bagagem
agem como marcas no tempo
e moram no vento
procuro o rosto da sombra que assombra o meu olhar
na pressa de me encontrar
viagens por contar...

 

mora, mora, mora…

 

parto em nova viagem, no mapa da coragem
que perdi onde vivi
está na hora de sair
não espero, não quero, nem mais um segundo tão perto daqui
Sim, cidades invisíveis, é lá a minha morada
e a janela está fechada
o melhor que há em mim sai p’ra fora, já agora
seja fora, longe, mora, seja longe daqui.

 

MORA LONGE
MORA LONGE DAQUI...