(Samuel Úria / Hélder Gonçalves)
Pôs-se a cantar
O amor ao rio
E este seguiu
Sem replicar.
Veio a resposta
Em breve assobio,
Que o vento trouxe
Um travo a mar.
E ela provou que ele
Também está só:
Foi de água doce,
Mas amargou.
Emudeceu
Por estar sem rio.
O olhar vazio,
Voltou-se ao céu.
Raio e trovão,
Setas de cupido,
Volveu paixão
Quando choveu.
Ela esticou-se e
Molhou a mão.
Era água doce;
Fez-se em canção. |