(Carlos Tê/ Hélder Gonçalves)
se me rio depois do amor não é zombar do sagrado é puro contentamento de algo que me foi dado é só o deslumbramento dum momento revelado
mal é depois do amor não haver vestígio dele cresce por dentro um vazio que nem as palavras preenchem suspensas por um fio
depois do amor se eu me rir depois do amor se eu me rir
da próxima vez que me rir já sabes foi o amor que cedeu da próxima vez que me rir é porque o amor me inundou e a sua água em nós correu e o melhor veio depois porque então ríamos dois
depois do amor se eu me rir depois do amor se eu me rir depois do amor se eu me rir
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