(Carlos Tê/ Hélder Gonçalves)
vieste comigo nesse jeito pós-moderno de não querer saber nada de não fazer perguntas essa pose cansada tão despida de emoção de quem já viu tudo e tudo é uma imensa repetição
não fosse a minha competência para amar e nunca teríamos acontecido num mundo de competências e técnicas de ponta a dádiva da fala quase já não conta
depois quase ias embora desse modo evanescente não soubesse eu ver-te tão transparente e teria sido apenas um encontro acidental uma simples vertigem dum desporto radical
não fosse a minha competência para amar e nunca teríamos acontecido num mundo de competências e técnicas de ponta a dádiva da fala quase já não conta
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